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Assembléia debate programas de humanização para pacientes oncológicos na Paraíba - Professora do DOR homenageada pela Assembléia Legislativa
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta sexta-feira (10), uma Sessão Especial para debater a situação do paciente oncológico no estado, junto ao Programa de Endodontia e Reabilitação Oral de Pacientes com Câncer (ERO), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A sessão foi proposta pelo deputado estadual Tovar Correia Lima e teve objetivo de avaliar o resultado de programas de humanização na saúde através de cuidados paliativos.
Para o parlamentar, a ocasião foi importante para que profissionais e voluntários que compõem Programa ERO discutissem melhores formas de atendimento e tratamento de pacientes com câncer de cabeça e pescoço. “Fizemos uma longa discussão na Assembleia Legislativa, tendo em vista que a Casa do Povo sempre esteve de portas abertas para receber os portadores de câncer e as grandes discussões que envolvem essa problemática. Portanto, escutamos muitos professores e especialistas da área para que a gente pudesse, a partir daí, encaminhar os resultados do programa para hospitais, órgãos públicos e o Governo do Estado, dando um acompanhamento a esse cidadão para que ele possa ter uma reabilitação adequada aqui na Paraíba”, afirmou.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), de 2018 a 2019, serão 23 mil novos casos de câncer da cavidade oral expostos em homens e sete mil em mulheres; 45% das doenças cardíacas provém de descuido na saúde bucal. Apenas em 2017, o câncer bucal teve 14 mil novos casos e quatro mil mortes.
A professora Heloísa Veloso, coordenadora do programa ERO, que funciona na UFPB, avaliou que debater a humanização do paciente oncológico na Assembleia Legislativa, além de ser um motivo de muita alegria, é um momento de chamar a atenção das autoridades por iniciativas que possam melhorar a vida social e psicológica das pessoas. “É uma oportunidade única, é como um ‘grito’, onde teremos a oportunidade de expor as necessidades. Essa voz é pra todos, inclusive para pacientes que possam vir a ser diagnosticados ainda”, argumentou.
Ainda segundo a professora, a morosidade entre o diagnóstico e o início do tratamento é o principal desafio do paciente oncológico. “A maioria dos pacientes quando são diagnosticados e necessita de um tratamento de radioterapia espera em média quatro meses e isso é um absurdo”, lamentou Heloísa.
Programa ERO
O ERO é uma proposta interdisciplinar que promove o acompanhamento do paciente com neoplasia maligna de cabeça e pescoço por meio de atuação de estudantes e docentes dos cursos de Odontologia, Direito, Nutrição, Contabilidade e Psicologia.
O principal objetivo do programa é prevenir, reabilitar, educar e tratar aqueles que necessitam de uma assistência integral e humanizada na luta contra o câncer, fornecendo suporte para que os acometimentos pela doença possam reconstruir o projeto pessoal de vida.
O ERO atua por meio da articulação da odontologia com apoio da psicoterapia e oncologia com orientação nutricional, enfermagem, educação popular e apoio jurídico pela área do Direito, desenvolvendo atividades primordialmente na clínica integrada do Hospital Universitário Doutor Lauro Wanderley, além de realizar atendimentos no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa.