Histórico

O Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC), órgão de caráter suplementar e multidepartamental, foi constituído legalmente em 1988 (Resolução nº 26/96 do Conselho Superior de Ensino e Extensão-CONSEPE[1]). Vinculado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), desde a sua criação, o NESC ocupa um espaço privilegiado frente às demandas exigidas pelo setor de Saúde, visando o fortalecimento e à consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Articulado com outros Departamentos da UFPB, e em rede de cooperação técnica interinstitucional com vários outros centros formadores de recursos humanos para o SUS, o NESC, ao longo de sua trajetória, tem como propósito, criar competência e massa crítica capazes de implementar propostas que garantam efetividade ao processo de formação de recursos humanos, tendo em vista a transformação do modelo de atenção à saúde que inclui a apreensão de conceitos e desenvolvimento de ações voltado para a melhoria da qualidade de vida da população que utiliza o sistema público de saúde no Brasil.

Sua história deve ser lembrada como parte importante do processo da Reforma Sanitária[2] e consequentemente do SUS. Apesar do processo de pesquisa não ser sistemático no NESC, desde o seu início, o Núcleo já abrigava o GESTAR (Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Saúde e Trabalho Rural). Sua contribuição na formação de profissionais para o SUS na Paraíba é a de formar quadros para os serviços públicos com visão e com práticas sólidas no campo da saúde coletiva/pública.

Ao longo de todo este tempo, o NESC ofereceu cursos de atualização, especialização e qualificação de recursos humanos para os serviços de saúde contribuindo para a estruturação do SUS no Estado da Paraíba, a exemplo dos cursos de Saúde da Família, Saúde Mental, Políticas Públicas e Gestão Estratégica, Capacitação em Saúde do Trabalhador, além da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e a Especialização de Sistemas e Serviços de Saúde para o SUS (CESSS).


 

[1] Criado pela Resolução nº 34/88, de 27 de junho de 1988 e alterada pela Resolução n° 26/96, ambas do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE, tem por objetivo “promover pesquisa de caráter multidisciplinar e inter-institucional, prestando serviços, divulgação de conhecimentos na área da Saúde Coletiva e Nutrição e colaborar direta ou indiretamente na formulação de soluções para os problemas de saúde da comunidade” (Artigo 1° da Resolução n° 26/96). http://www.ufpb.br/sods/consepe/resolu/1996/RSEP9626.html
[2] A Reforma Sanitária Brasileira foi proposta num momento de intensas mudanças e sempre pretendeu ser mais do que apenas uma reforma setorial. Almejava-se, desde seus primórdios, que pudesse servir à democracia e à consolidação da cidadania no País. A realidade social, na década de oitenta, era de exclusão da maior parte dos cidadãos do direito à saúde, que se constituía na assistência prestada pelo Instituto Nacional de Previdência Social, restrita aos trabalhadores que para ele contribuíam. A VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), contou com técnicos do setor saúde, gestores e da sociedade organizada, propôs um modelo de proteção social com a garantia do direito à saúde integral. Em seu relatório final, a saúde é definida como o resultado não apenas das condições de alimentação, habitação, educação, trabalho, lazer e acesso aos serviços de saúde, mas, sobretudo, da forma de organização da produção na sociedade e das desigualdades nela existentes. Fonte: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/judicializacao/pdfs/introducao.pdf

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